segunda-feira, 5 de abril de 2010

METRÔ de SALVADOR: divina comédia


Metrô de Salvador em pauta no CQC


Já há algum tempo que venho comentando com alguns amigos sobre a passividade da população soteropolitana diante de algumas situações do cotidiano: filas em banco, cidade suja, trânsito caótico, problemas na saúde e educação, dentre outros. Me incomoda por demais quando, no meu dia a dia, observo as condições de trânsito e de transporte de "massa" numa cidade como Salvador.
Como é possível que na terceira maior cidade do país, a população não tenha acesso à um transporte de qualidade? O que seria um transporte de qualidade para uma população de 'mais ou menos' três milhões de habitantes?
Projetos e promessas para efetivação de um transporte de "massa" com qualidade, eu me recordo desde o governo de Mário Kertész na década de 1980. Vieram os governos municipais de Fernando José, Lídice da Matta, Antônio Imbassahy e o atual João Henrique. Todos prometeram, nenhum deles efetivou.
Ônibus articulados, passarelas, jardins, viadutos, vias exclusivas, elevados, aquisição de trens. Até agora, muito concreto armado, 'um' ou 'outro' trabalhador nos canteiros de obras, muitas empreiteiras e políticos envolvidos em "escândalos" com o dinheiro público. E o que vemos de fato?
Enormes filas e muita sujeira nas estações e pontos de ônibus; pessoas correndo 'pra lá e pra cá' tentando acesso ao transporte; ônibus barulhentos, cheios e sem ventilação; trânsito caótico.
Algumas falas apontam que Salvador deve ter a bicicleta como meio de transporte alternativo; e que novas vias exclusivas para ônibus devem ser construídas, já pensando nos jogos da Copa do Mundo em 2014. Ou seja, o soteropolitano irá atravessar de bicicleta da Cidade Baixa até Itapuã; novas obras irão surgir e também, certamente, alguma outra alternativa ocupará o lugar dos elevados e vias já construídas para o metrô (veja).
Sotero - salvação. Soteropolitano, povo/cidade da salvação, ou do Salvador.
A questão estaria na passividade/resignação do povo soteropolitano? (veja)

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