quinta-feira, 29 de abril de 2010

INTERNET: poder, política e religião



Primeiro, compare o vídeo na tradução com o original em inglês. Fiel?
Depois, observe que a versão em inglês foi vista mais de 11.000.000 de vezes. Isto mesmo, mais de onze milhões de vezes.
O vídeo apresenta questões polêmicas sobre o crescimento do islamismo no continente europeu. Algumas informações são questionáveis, dizem alguns especialistas (sobretudo a alta taxa de fecundidade da mulher mulçumana). 
A polêmica gira em torno da reprodução humana no continente europeu, sob a responsabilidade de imigrantes de países árabes, centrando essa responsabilidade em uma nova geração, filhos de imigrantes, com grande poder de fecundidade.
Pesquisas apontam que esses jovens euromulçumanos (estou denominando assim a geração nova entre 16 a 24 anos, filhos de imigrantes, nascidos no continente europeu) são mais conservadores, do ponto de vista religioso, quando comparado aos seus pais. Isto difere em muito quando se pensa os filhos de europeus, na mesma faixa etária e considerando as diversas formações religiosas (veja mais).
Entre secularistas e fundamentalistas, há uma cultura de guerra que parece ser mais evidente. E que não é uma criação contemporânea.
Com o advento da Internet, essa cultura ganha novos contornos e novas estratégias. Mas o objetivo de definição e de ocupação do espaço, da "terra prometida", continua o mesmo: relação de poder. Poder, política e religião. Três sinônimos sócio-históricos indissociáveis, passíveis de identificação no "mito da caverna"; presentes no cristianismo primitivo e medieval, protestantismo, catolicismo renovado, na atual ascenção pentecostal. Poder, política e religião são vetores nas dissenções.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

510 ANOS DEPOIS: que país é esse?


Saudoso Renato Russo (Legião Urbana) - "Que país é esse?"

"Quarta-feira, 22 de abril: Neste dia, a horas de vésperas, houvemos vista de terra! Primeiramente dum grande monte, mui alto e redondo; e doutras serras mais baixas ao sul dele: e de terra chá, com grandes arvoredos: ao monte alto o capitão pôs nome: O MONTE PASCOAL e à terra: a TERRA DA VERA CRUZ.
(...) Águas são muitas; infindas. E em tal maneira é graciosa que, querendo aproveitar, dar-se-á nela tudo, por bem das águas que tem.
Porém o melhor fruto, que dela se pode tirar me parece que será salvar esta gente. E esta deve ser a principal semente que Vossa Alteza em ela deve lançar." (trechos da carta de Pero Vaz de Caminha).



Desde o seu "achamento" e as considerações feitas por Caminha, o que se tem como registros é que muito pouca coisa (ou nada) mudou no que diz respeito a "esta gente". Entre extremos - políticos e empresários corruptos; população miserável corrompida (corrompendo) - mudaram-se os "donos" da Terra de Vera Cruz mas, de forma quase que genética, o comportamento continua sendo o mesmo, de  expropriação. Desde Caminha, a proposta/promessa de "salvar esta gente" continua sendo o argumento de políticos e ao mesmo tempo status para manutenção da miséria e da corrupção.
Dia do índio, 50 anos de Brasília, "achamento do Brasil"... 
"...Terra linda, sofre ainda a vinda de piratas mercenários sem direção. E eu até sei quem são..." (Juvenília - RPM).

terça-feira, 20 de abril de 2010

BAHIA NO BLOG DO MARCELO...


Para ouvir vendo - Selvagem (Titãs e Paralamas do Sucesso)

Comentei um texto escrito por Hagamenon Brito, publicado no blog do Marcelo Rubens Paiva:


Então Marcelo,
Não sabia sobre a sua baianidade. Confesso surpresa!
Aliás, eu não deveria ficar surpreso. A imagem que tem sido construída sobre uma "Bahia" tutelada pela indústria da "axé music" (leia-se, pela hegemonia de empresários-artistas como Bel Marques, Durval Lélis, Claudia Leite e Ivete Sangalo), tem sido determinante para o entendimento e defesa de uma Bahia folclórica e banal. E assim ela tem se tornado. Passiva (diante da opressão e de uma ditadura doce), alheia (quando, sobretudo, os que tentam questionar e ou discutir suas políticas, o fazem em busca de palco), pobre (grande representação nas estatísticas sobre racismo, discriminação, homofobia, distribuição de renda, precárias condições de saúde e de formação).
Como bem o disse Hagamenon, "ainda há tempo" de salvar esta terra. Para tanto, é preciso que se tire o peso folclórico de um passado que não mais se coaduna com a realidade do presente. É preciso que se assumam os riscos do futuro num presente real: camarotes, abadás, festa para empresários/artistas e mídia de um lado; gente da terra do outro (vendendo cerveja, segurando corda de trio, catando latinhas...).
Nem o bonde moderno e nem mesmo o metrô passarão; nem a saúde, educação e segurança públicos se mostrarão de qualidade enquanto a tutela e a passividade, o senhor e o escravo continuarem existindo.
"A cidade apresenta suas armas: meninos nos sinais, mendigos pelos cantos, e o espanto está nos olhos de quem vê o grande monstro a se criar..." (Paralamas do Sucesso).

domingo, 18 de abril de 2010

UM NOVO CORPO POR 1200 PIERCINGS

O Papa é encurralado por se omitir diante das questões de pedofilia dentro da igreja. Tenta, mas não convence, associar pedofilia à homossexualidade. Acaba por revelar que os pilares da instiituição católica estão ruindo.
Na Europa, milhares de pessoas ficam ilhadas em função das cinzas de um vulcão em erupção na Islândia – verdadeiro caos aéreo.
O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, exige que as forças estrangeiras se retirem do Oriente Médio.
O poder do Papa (da igreja), o poder de Deus, o poder politico. Um misto de omilia e luxúria; sagrado e profano; humano e pós-humano.
Muito por demais para um corpo que ainda tem como “estatuto” nascer, crescer, reproduzir, envelhecer e morrer.

sábado, 17 de abril de 2010

"A CORRUPÇÃO ESTÁ NO DNA"



A Deputada Estadual Cidinha Campos, PDT-RJ, denuncia com veemência a corrupção que obsta o desenvolvimento do nosso país. Trata-se de uma situação dentro a Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro, envolvendo o Deputado José Nader.
Sabemos, entretanto, que isto se desdobra e se alastra em todas as outras instâncias governamentais deste nosso país "límpido, risonho" - cantado por Vanusa (veja).
Há algum tempo que as principais notícias da nossa midia (impressa/televisada) têm sido ocupadas por falcatruas ou violência urbana - com o perdão da redundância, uma vez que roubos e falcatruas também são formas de violência.
E os quase 50% da verba destinada pelo então Ministro da Integração Nacional,  Gedel Vieira Lima, para as prefeituras do Estado da Bahia, onde foram (irão) parar? Nas águas que transbordaram os canais de Salvador?
Certamente que não pois a sua candidatura, juntamente com o já citado aqui César Borges, está chegando com muita força (ou dinheiro?).

quarta-feira, 14 de abril de 2010

QUEM PAGA A CONTA DO BAR?


Você vai pagar?

Mais uma solução interessante para reduzir os acidentes e as infrações no trânsito. Uma forma de acabar com a falsa dicotomia entre as campanhas e estratégias que visam a prevenção de acidentes e a propaganda de bebidas alcoólicas.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

OS NOVOS 4Ps DO MARKETING: pulseiras, professores, pais e políticos


Adolescência e linguagem...

Conhecidas como "pulseiras da amizade", o acessório de maior fetiche entre os adolescentes tem se revelado nas ultimas semanas como o mais barulhento entre muitas representações: professores, pais, políticos e outros.
As "pulseiras da amizade", na verdade um pedacinho de plástico existente em várias cores, tem funcionado como código entre adolescentes podendo significar ações e (re)significar relações. Ao usar uma pulseira com uma determinada cor/significado (ex: preta = sexo), o sujeito fica ciente de que a mesma sendo rompida implicará na prática ou ação correspondente ao seu significado.
Alguns casos de violência sexual foram registrados em todo o país, sendo a responsabilidade atribuída às pulseirinhas. Pobrezinhas! Fico imaginando cada cor chorando solitariamente por ter sido culpada. Ou então vibrando de felicidade (e de hormônio) por algum orgasmo bem sucedido.
Enfim. Verdade é que escolas proibiram seu uso, a família esteve de acordo e o governo está elaborando projeto de Lei para proibição do uso em nível nacional.
PULSEIRAS, PROFESSORES, PAIS E POLÍTICOS se convertem em novas instituições. Ou melhor, podem se identificar em novas instituições ainda sem nome, mas decerto falidas: ESCOLA/EDUCAÇÃO, FAMÍLIA E GOVERNO.
Pilares que não se sustentam mais, face a grande crise de percepção que vivem, necessitam de algum posicionamento pois a sociedade também espera dessas instituições alguma reflexão decente.
Considerando tratar-se de um público "educado/formado" pela televisão, pela Internet e pela rua, acredito que os adolescentes deste século têm muito mais informação sobre corpo, sexo e linguagem do que as gerações anteriores. E se sabem menos sobre esses temas, isto revela a ineficiência da educação, da família e da política, quando sobretudo o que está em evidência é a falta de educação doméstica (devido aos baixos salários, falta de saneamento, saúde, educação e condições dignas de moradia).
Proíbe-se o uso das pulseirinhas, mas e as salas de bate-papo e sites de pornografia? E as novelas? E o shopping? E a rua? E a moda? E a violência? E a linguagem das tribos?
Pode-se destituir um código, mas nunca uma linguagem!!!